Caberá a uma “nova geração” de socialistas, com Pedro Pires da Rosa à cabeça, liderar o partido em Aveiro nos próximos quatro anos. O advogado venceu as eleições internas na capital do distrito, derrotando o professor Manuel Oliveira de Sousa, e sucederá a Eduardo Feio, que deixa a chefia da comissão política concelhia ao fim de dois mandatos e após falhar a vitória nas recentes eleições autárquicas.
A candidatura de Pires da Rosa obteve 121 votos (58 por cento) contra 86 da lista adversária. Manuel Oliveira de Sousa tinha do seu lado os três vereadores eleitos pelo PS para a autarquia – Eduardo Feio, António Nogueira de Lemos e Paula Urbano – e outras figuras de peso da história recente do partido, como Alberto Souto, ex-presidente da Câmara, e antigos e actuais autarcas como Filipe Neto Brandão, João Sousa, Gonçalo Fonseca, Marques Pereira, Paulo Jesus, Ana Maria Seiça Neves, Romana Fragateiro, Marília Martins, Pedro Silva ou Jaime Borges.
Pires da Rosa, por sua vez, apresentou-se à frente de uma “nova geração” de militantes que agora “chega ao poder” no PS, disse ontem ao Diário de Aveiro. O futuro líder concelhio promete “respeitar o passado” do partido mas dar protagonismo a “muita gente recém-filiada”, com “liberdade de pensamento” e disposta a “fazer algo de diferente” e a contribuir para o PS “sair da casca”.
O vencedor do sufrágio quer “abrir o PS à sociedade civil” e “ir ao encontro dos problemas concretos das pessoas”. “É para isso que serve a política”, diz.
Com um mandato de quatro anos pela frente – e não dois anos, uma das novidades no funcionamento interno do partido – as eleições autárquicas de 2017 estarão no horizonte da nova direcção. Um dos objectivos para o mandato é “estruturar um projecto autárquico” para Aveiro, assume Pires da Rosa.
A actuação da maioria PSD/CDS/PPM que governa o município, dirigida por Ribau Esteves, será “fiscalizada”, mas os socialistas não se coibirão de elogiar a governação “quando for caso disso”. “As pessoas estão fartas do tradicional bota-abaixo dos partidos”, avalia.
Sobre o trabalho de Eduardo Feio, reconhece que “falhou alguma coisa”, nomeadamente a “transmissão da mensagem”. Quanto ao “projecto político” que o ainda líder concelhio apresentou aos aveirenses nas últimas eleições autárquicas, em Setembro, era “muito superior” ao de Ribau Esteves.